O IV Governo Provisório tomou posse a 26 de março de 1975, tendo governado até 8 de agosto de 1975. Da sua constituição, salienta-se a continuidade de Vasco Gonçalves como primeiro-ministro e ainda os ministros sem pasta Álvaro Cunhal, Francisco Pereira de Moura, Magalhães Mota e Mário Soares.
Inicialmente marcado para 12 de abril como anunciou o Presidente da República Costa Gomes, o ato eleitoral para a Assembleia Constituinte acabaria por ser adiado, por motivos de ordem técnica, para 25 de abril de 1975.
Num comício realizado no Estádio 1º de Maio, em Lisboa, Álvaro Cunhal, secretário-geral do PCP, recusa a restauração da pena capital em Portugal, numa clara alusão aos estrategas do 11 de Março.
O Decreto-Lei n.º 132-A/75, de 14 de março, nacionalizou a maioria da banca nacional, com exceção dos bancos constituídos por capital estrangeiro, visando a concretização de uma “política económica antimonopolista que sirva as classes trabalhadores e as camadas mais desfavorecidas da população portuguesa.
Chegada de António Spínola à base aérea de Talavera, unidade militar de instrução a pilotos de caça, pertencente à força aérea espanhola, em Badajoz. Depois da falhada tentativa de golpe de Estado, o antigo Presidente da República refugia-se em Espanha, com mais 17 pessoas, entre a sua família e oficiais.
No dia 11 de Março de 1975, tropas paraquedistas ligadas ao general Spínola, atacaram o Regimento de Artilharia Ligeira (RAL1), em Lisboa. Depois de algumas horas de tensão, o golpe militar não foi por diante. Os acontecimentos preservaram-se na memória dos portugueses, em parte, pelo trabalho da equipa de reportagem da RTP ao longo desse dia, com destaque para as entrevistas do jornalista Adelino Gomes.