Professor, advogado e político. Destacou-se como primeiro-ministro do I Governo Provisório.
Adelino Hermitério da Palma Carlos nasce a 3 de Março de 1905, em Faro, vindo a falecer a 25 de Outubro de 1992, em Lisboa. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, com a nota final de 18 valores, foi delegado da Faculdade de Direito à Federação Académica. Conclui o doutoramento em Ciências Histórico-Jurídicas, também na Universidade de Lisboa, em 1934. Advogado reconhecido, defendeu inúmeras figuras oposicionistas à ditadura, como Norton de Matos, Bento de Jesus Caraça e Vasco da Gama Fernandes. Foi também professor na Escola Rodrigues Sampaio, no Instituto de Criminologia de Lisboa e, como Catedrático, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, da qual viria a ser director. Foi jubilado em 1975. Em 1949, foi mandatário da candidatura do general Norton de Matos à Presidência da República. Em 1951 exerceu funções como Bastonário da Ordem dos Advogados portugueses. A 16 de Maio de 1974 é nomeado primeiro-ministro do I Governo Provisório, pedindo a demissão a 18 de Julho desse ano. Em 1975 funda o Partido Social-Democrata Português. Foi mandatário e membro da comissão de honra da candidatura do general Ramalho Eanes à Presidência da República (1979). Pertenceu ao conselho consultivo do Partido Renovador Democrático. Em 1986 recebe a insígnia de Advogado Honorário.
Militar, Político, Matemático e estadista português. Presidente da República entre 1974 e 1976.
Francisco da Costa Gomes nasce em Chaves, a 30 de Junho de 1914, no seio de uma família católica. Após concluir a instrução primária na sua terra natal, ruma a Lisboa, iniciando estudos militares. Uma opção aparentemente previsível, uma vez que três dos seus irmãos mais velhos já haviam frequentado o Colégio Militar e, sobretudo, porque o seu pai, António José Gomes, era capitão do Exército, tendo participado nas Campanhas de pacificação em África, entre 1904 e 1908. Todavia, será precisamente a morte do seu pai, quando Francisco contava apenas 7 anos de idade, que precipita a sua ida para Lisboa. Confrontado com a delicada situação financeira da família – a sua mãe, Idalina Júlia Moreira da Costa, ficara viúva com 41 anos e oito filhos – Francisco aceita, embora sem entusiasmo, ingressar no Colégio Militar, em 1925. Frequenta depois a Escola Militar, na Arma de Cavalaria, conclui com distinção uma licenciatura em Ciências Matemáticas na Universidade do Porto e ainda os cursos geral e complementar do Estado-Maior, passando a exercer funções de subchefe e chefe de Estado-Maior da província de Macau (1949-1951).Era o início de um notável e singular percurso, que o levará a ocupar altos cargos militares e políticos. Subsecretário de Estado do Exército (1958-1959), Comandante das Regiões Militares de Moçambique (1965) e de Angola (1969-1972), Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (1972-1974) e Presidente da República (1974-1976), Francisco da Costa Gomes é sucessivamente promovido até receber o bastão de Marechal (1981). Francisco da Costa Gomes mantém uma intensa actividade cívica até ao fim da sua vida. É como Membro do Conselho Mundial da Paz e do Grupo de Generais para a Paz e o Desarmamento e Presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação que atinge o reconhecimento internacional. Morre no Hospital Militar de Lisboa, a 31 de Julho de 2001, com 87 anos.
Pinheiro de Azevedo
Juramento de Bandeira no RALIS