Mário Soares

Opositor do Estado Novo, foi ministro, primeiro-ministro e Presidente da República na democracia

Mário Alberto Lopes Nobre Soares nasceu a 7 de Dezembro de 1924 na cidade de Lisboa. Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas e em Direito, exerceu advocacia e participou desde o início da década de 40 em actividades da oposição ao Estado Novo. Preso numerosas vezes, seria punido pela ditadura com a deportação para S. Tomé e Príncipe (1968) e o exílio em França (1970-1974). Militante do Partido Comunista Português (PCP) entre 1942 e 1950, formou em 1964 a Acção Socialista Portuguesa, da qual nasceria em 1973 o Partido Socialista (PS), com Mário Soares como secretário-geral. Regressado a Portugal em 28 de Abril de 1974, dirigiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros nos I, II e III Governos Provisórios, além de integrar como ministro sem pasta o executivo seguinte. Fez parte das delegações portuguesas às conversações de paz relativas a Guiné, Angola e Moçambique. Apoiando-se no primeiro lugar obtido pelo PS nas eleições para a Assembleia Constituinte, Soares liderou durante o “Verão Quente” de 1975 uma forte mobilização contra Vasco Gonçalves e o PCP, partido que acusava de pretender instaurar uma ditadura de esquerda no país. A vitória socialista nas eleições para a Assembleia da República (25 de Abril de 1976) converteu Soares no primeiro-ministro do I Governo Constitucional (em funções entre 23 de Julho de 1976 e 30 de Janeiro de 1978). Chefiaria ainda o II (de 30 de Janeiro a 29 de Agosto de 1978) e IX (9 de Junho de 1983 a 6 de Novembro de 1985) Governos Constitucionais, antes de ocupar a Presidência da República (1986-1996).

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