Oficial do Exército, foi o primeiro Presidente da República depois do 25 de Abril

António de Sebastião Ribeiro de Spínola nasceu em Estremoz, a 11 de Abril de 1910, tendo falecido a 13 de Agosto de 1996, em Lisboa. Oficial de Cavalaria, atingiu em 1969 o posto de general. Foi governador e comandante-chefe da Guiné entre 1968 e 1973, período no qual obteve forte prestígio pessoal e se convenceu da necessidade de uma solução política para a Guerra Colonial. De regresso à Metrópole, foi nomeado vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, cargo do qual seria afastado depois de publicar, em Fevereiro de 1974, o livro Portugal e o Futuro, onde defendia a aplicação de um modelo federalista nas colónias lusas. Em resultado do golpe militar de 25 de Abril, Spínola recebeu a rendição de Marcelo Caetano, assumiu a chefia da Junta de Salvação Nacional e, a 15 de Maio, tomou posse como Presidente da República. Nos meses seguintes, travou vários conflitos com a Comissão Coordenadora do MFA, à medida que tentava, sem sucesso, assumir o controlo da situação política, em particular do processo de descolonização. O malogro de uma manifestação de apoio ao PR marcada para 28 de Setembro levou à demissão de Spínola. Envolveu-se, em 11 de Março de 1975, numa tentativa de golpe de Estado, cujo fracasso o obrigou a partir para Espanha e Brasil. Liderou o Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), organização dedicada à luta armada contra a radicalização à esquerda da revolução. Voltou a Portugal em Agosto de 1976, sendo promovido a marechal cinco anos mais tarde e afastando-se da actividade política.